A Pedra do Dragão
Há muito tempo atrás uma antiga joia foi forjada nas areias do inferno,
uma relíquia que permitiu a um homem se tornar rei de todos os mortais.
Seu nome foi Ninrod e o segredo dessa magia tinha se perdido ao longo do
tempo até o historiador e arqueólogo Robert Eloy encontrar um antigo
papiro no subsolo da biblioteca de Pérgamo que contava a localização do
lugar.
Ele conseguiu financiamento internacional e escavou as areias do Irã até
achar a joia enterrada em um zigurate destruído pelo tempo.
Quando tocou naquele instrumento, rapidamente o pobre humano foi tomado
pela energia das trevas, seu corpo foi corrompido e eu pude sentir a
vibração de sua aura maligna, voando pelos céus e causando uma
destruição sem precedentes pelas cidades ao redor.
Peguei minha espada e minha lança e parti para o combate, indo através
de um vórtice geográfico atlante que me permitiu chegar lá em poucas
horas.
O local da escavação estava devastado e eu podia sentir que ali tinha um
poder místico muito antigo que havia sido liberado recentemente,
procurei pistas com minha aura, mas só haviam almas mortas ao redor e eu
não conseguia entender as palavras que diziam.
Até que por fim cansado pela viagem e exaurido por toda aquela busca sai
do lugar onde eram as escavações e quando olho para o sol que já ia se
pondo vejo um dragão vermelho com oito cabeças lotadas de chifres voando
em minha direção, rapidamente empunhei a espada, libertei as asas e
parti em sua direção.
O combate entre nós foi épico e em vários momentos tive sorte por me
desviar de baforadas infernais, daquela besta horrenda.
Os meus golpes pareciam não penetrar na besta que possuía uma pele que
defendia todos meus ataques, então resolvi apelar para um antigo rito
angelical: A cura do espírito.
Os anjos não são somente máquinas de guerra para lutar contra o inferno,
somos treinados também para libertar as almas aprisionadas com um toque
concentrado de toda nossa energia.
E foi isso que fiz, e quando toquei na garra do dragão ele foi se
tornando novamente humano e a pedra demoníaca escapou de sua mão,
liberando da influência das trevas, eu estava muito ferido mas ainda
consegui resgata - lo em plena queda e juntos chegamos a uma montanha,
no entanto o espírito do jovem cientista tinha sido dilacerado e assim
que acordasse iria se tornar um mero lacaio das trevas, tentei novamente
cura - lo, exorcizando a besta dentro de sua alma, mas já era tarde,
portanto preferi mata - lo usando minha espada para libertar aquela
pobre mente de uma vida de servidão ao inferno e quando senti a vida lhe
abandonar o corpo, orei por sua alma, lhe dando a extrema unção pelos
pecados.
Peguei com cuidado a pedra e trouxe comigo e ainda hoje não sei dizer o
que ela faz ou quem poderia ter forjado aquilo, as autoridades abafaram
todo o caso e alguns até disseram se tratar de uma histeria coletiva, os
humanos sabem esconder aquilo que não querem saber.
Obrigado meu amigo Marcos Paulo A. Ferro pela sua contribuição para este universo de leitura e entretenimento em formação.
Robson Marone e RmA FANZINE COMICS.
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