sexta-feira, 31 de julho de 2015

Mais um conto original para o universo das Trevas do amigo sinistro MARCOS PAULO A. FERRO !


Era uma noite de verão escaldante numa vila na Coreia do Norte, quando os homens do partido chegaram, queriam a contribuição para o partido, não se importavam com o fato que nada tinha sido produzido por aquela vila, onde toda a força de trabalho jovem tinha sido enviada para a capital para servirem nas fábricas do regime como semi – escravos para a produção militar.
O local foi saqueado e todos os bens de valor que restavam foram levados pelos homens do regime, que agiram com truculência e mataram qualquer um que minimamente tentou se defender, alguns até estupraram as senhoras na frente dos seus maridos como uma forma de tortura.
Uma senhora idosa de idade avançada, foi brutalmente atacada pelos homens que riam enquanto ela agonizava, contudo ela sobreviveu tempo o bastante para contar para seu neto um segredo que carregava consigo há muito tempo: Antes do partido comunista chegar, o avô dela era lama de um templo budista muito antigo e foi confiado a ele o trabalho de esconder uma relíquia muito antiga, uma espada que poderia mudar o destino da Coreia e que seria a chave para encontrar outras relíquias de igual poder.
Ela lhe falou sobre o local onde estava escondida essa arma poderosa e ele desafiando a autoridade do pai, que não queria perder seu filho pequeno de apenas oito anos para as patrulhas do regime, ele saiu de casa carregando somente alguma comida e um cantil de água, tinha um pequeno arco feito improvisadamente de folhas de bambu e algumas flechas que usava para matar ratos no celeiro da vila, mas que agora eram sua única forma de defesa.
Dias se passaram e ele foi avançando pela miséria de um país devastado, sua comida se acabou e ele passou a comer pequenos roedores que encontrava nos cemitérios, se alimentando dos corpos dos milhares de fuzilados insepultos, avançava com cuidado, evitando as estradas por ter medo dos homens maus e só ia as vilas depois de ter a certeza que não havia presença da patrulha no local.
Foram necessárias mais de vinte luas para ele chegar até o local onde estaria a relíquia, ele entrou e logo viu que a patrulha estava indo em sua direção, era um platô pequeno, mas que lhe permitiu ver que os homens traziam seu pai amarrado no capô de um caminhão, provavelmente tinha sido torturado para falar onde ele estava.
O menino correndo como um alucinado, ia avançando pelo templo, pulando nos pontos onde tinha armadilha, se esgueirando onde as passagens eram estreitas até chegou a uma escada que descia para o subsolo, estava escuro, e ele desceu tateando e lá de baixo podia ouvir os soldados gritam que iriam mata – lo por trair ao grande líder, dizendo que estuprariam sua mãe caso ele não aparecesse, ao ouvir aquelas ameaças teve medo e quase recuou se entregando, mas depois lembrou se que seus familiares já deveriam estar mortos e que cabia a ele vinga – los, e foi descendo, quando chegou ao fim da escada encontrou uma pequena porta, que abriu e rapidamente viu uma caixa em chinês antigo, onde estava escrito, o imperador dragão manda forjar essa arma que representa o espírito do povo da Coreia.
O menino abriu a caixa e lá dentro encontrou um pequeno anel feito de uma pedra mágica que continha caracteres antigos e quando ele pegou aquele artefato, uma passagem se abriu, misticamente, ele correu com aquele anel, e no instante em que atravessou o local, um poderoso abalo devastou o local, enterrando todos os soldados ali dentro e causando um tremor que foi sentido no mundo inteiro.
Rapidamente noticiaram que se tratava de um teste nuclear feito ali naquela localidade, mas desde então o líder da Córeia do Norte anda com mais proteção e a espionagem se infiltrou nas vilas e cidades para tentar descobrir o paradeiro daquele menino, cujo nome ninguém sabe, mas que virou uma lenda e um motivo de esperança para aquele povo oprimido pela tirania do comunismo.

                                       Obrigado meu caro, sua contribuição para o universo das trevas é super.
                                                                                                           Robson Marone
                                                                                                             Rm Artes FC.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

quinta-feira, 16 de julho de 2015

quarta-feira, 15 de julho de 2015

terça-feira, 14 de julho de 2015

Um conto original de Marcos Paulo A. Ferro para o universo das trevas.

A Pedra do Dragão 
Há muito tempo atrás uma antiga joia foi forjada nas areias do inferno, uma relíquia que permitiu a um homem se tornar rei de todos os mortais. Seu nome foi Ninrod e o segredo dessa magia tinha se perdido ao longo do tempo até o historiador e arqueólogo Robert Eloy encontrar um antigo papiro no subsolo da biblioteca de Pérgamo que contava a localização do lugar. Ele conseguiu financiamento internacional e escavou as areias do Irã até achar a joia enterrada em um zigurate destruído pelo tempo. Quando tocou naquele instrumento, rapidamente o pobre humano foi tomado pela energia das trevas, seu corpo foi corrompido e eu pude sentir a vibração de sua aura maligna, voando pelos céus e causando uma destruição sem precedentes pelas cidades ao redor. Peguei minha espada e minha lança e parti para o combate, indo através de um vórtice geográfico atlante que me permitiu chegar lá em poucas horas. O local da escavação estava devastado e eu podia sentir que ali tinha um poder místico muito antigo que havia sido liberado recentemente, procurei pistas com minha aura, mas só haviam almas mortas ao redor e eu não conseguia entender as palavras que diziam. Até que por fim cansado pela viagem e exaurido por toda aquela busca sai do lugar onde eram as escavações e quando olho para o sol que já ia se pondo vejo um dragão vermelho com oito cabeças lotadas de chifres voando em minha direção, rapidamente empunhei a espada, libertei as asas e parti em sua direção. O combate entre nós foi épico e em vários momentos tive sorte por me desviar de baforadas infernais, daquela besta horrenda. Os meus golpes pareciam não penetrar na besta que possuía uma pele que defendia todos meus ataques, então resolvi apelar para um antigo rito angelical: A cura do espírito. Os anjos não são somente máquinas de guerra para lutar contra o inferno, somos treinados também para libertar as almas aprisionadas com um toque concentrado de toda nossa energia. E foi isso que fiz, e quando toquei na garra do dragão ele foi se tornando novamente humano e a pedra demoníaca escapou de sua mão, liberando da influência das trevas, eu estava muito ferido mas ainda consegui resgata - lo em plena queda e juntos chegamos a uma montanha, no entanto o espírito do jovem cientista tinha sido dilacerado e assim que acordasse iria se tornar um mero lacaio das trevas, tentei novamente cura - lo, exorcizando a besta dentro de sua alma, mas já era tarde, portanto preferi mata - lo usando minha espada para libertar aquela pobre mente de uma vida de servidão ao inferno e quando senti a vida lhe abandonar o corpo, orei por sua alma, lhe dando a extrema unção pelos pecados. Peguei com cuidado a pedra e trouxe comigo e ainda hoje não sei dizer o que ela faz ou quem poderia ter forjado aquilo, as autoridades abafaram todo o caso e alguns até disseram se tratar de uma histeria coletiva, os humanos sabem esconder aquilo que não querem saber.










Obrigado meu amigo Marcos Paulo A. Ferro pela sua contribuição para este universo de leitura e entretenimento em formação.
                                                                    Robson Marone e RmA FANZINE COMICS. 

quinta-feira, 2 de julho de 2015